domingo, 21 de fevereiro de 2010
MCP- 50 anos
O Movimento de Cultura Popular está completando 50 anos e este foi o tema proposto pelo Programa Escola Aberta para o Festival de Cultura em dezembro de 2009.Foi um movimento de manifestações pedagógicas e culturais, marca principal, no sentido de levar educação, lazer e cultura para o povo.Aconteceu na década de 60, através da gestão municipal de Miguel Arraes. Nomes como Paulo Freire e um time de artistas e intelectuais se propuseram a repensar a Educação e Cultura. Eles passaram a se reunir na sede do MCP, no Sítio da Trindade, para planejar as suas ações.Como palco desse movimento, foram construídas ou adaptadas diversas praças na cidade, com o intuito de unir esporte, lazer, cultura e educação no mesmo espaço.Acabou pela ação dos militares, no período negro da nossa história.
A praça da Várzea foi um desses palcos de manifestações culturais, prato cheio para nós.
Mergulhamos na pesquisa de campo. Fomos até a Praça da Várzea, que se chama Praça Pinto Damaso (alguns dizem ser Pinto DAMÁSIO, estamos tentando descobrir o certo ainda), observamos todos os detalhes, conversamos com as pessoas, fotografamos. Lá todos os dias há um grupo de pessoas que jogam dominó, alguns há mais de 50 anos, então tinham muitas informações de como era o bairro, a praça, o comércio...
O escultor, ceramista, desenhista e gravador Abelardo da Hora foi um dos idealizadores do MCP e teve grande influência nos eventos que ocorriam nas praças de cultura.Os brinquedos que até hoje existem na praça, de concreto, foram idealizados por ele.
Tivemos o prazer de fazer um paralelo entre a praça de 50 anos atrás e atualmente, com a colaboração mais do que especial de artistas do bairro, como Abissal, de dona Eduarda Holanda, vizinha da escola, que foi professora alfabetizadora do MCP, e tantas outras pessoas que é bom nem citar para não correr o risco de esquecermos alguém.
No dia do Festival de Cultura, levamos todo o material pesquisado sobre Abelardo da Hora, uma maquete da Praça da Várzea, fotos, tudo o que havíamos construído até o momento.Fizemos uma apresentação da nossa oficina de Arte Circense, que foi maravilhosa, e expusemos os nossos trabalhos artesanais.
Uma oportunidade única de passar o dia inteiro respirando cultura e lazer, interagir com outras escolas, trocar ideias...
A melhor parte ainda estava por vir: Abelardo da Hora, que prestigiou o evento, visitou o nosso stand e conheceu um pouco do nosso trabalho! Muita emoção para todos...
Penso que o PEA tem muito a ver com o MCP, no sentido de oferecer tempos e espaços de aprendizagens, cultura, lazer, protagonismo juvenil e exercício da cidadania.Isso é inclusão social, direito de todos e de todas.
*Foto de Abelardo da Hora visitando o nosso stand.
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